quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Confissões ao Pai

Eu sinceramente não sei o que dizer nem encontro formas possíveis para alguma declaração.
Qualquer palavra soa vazia e qualquer atitude deixa-me ansiosa.
Eu não tenho sido o que gostaria que eu fosse sei.
Não tenho agido de forma digna do Senhor mas eu quero um discurso.
Talvez pareça um desabafo mas preciso que me ouça.
Sabes tudo de mim.Minas mais profundas intenções fraquezas desejos e desilusões.Todos eles me dominam nestes dias.
Não tenho a intenção de culpar os tempos de frieza vazio e solidão que vivemos.Estamos num caos permanente e ouso deixa lo dominar me.
Nada é como antes!
Onde está o renovo que fazia meu coração parar?
Onde estão os milagres que tantos eu tinha a testemunhar?
Onde está a sede de almas que meus pés não andavam de alcançar?
Tornei me religiosa e escondo me num templo vazio.
Não consigo sequer parar.
É tudo instantâneo momentâneo e sem sentido.Por um momento deixo me levar.
Nada me toca, não dá tempo.
Enquanto a vida me leva sinto minh'alma fraquejar.Morre a cada instante mal vivido, em cada erro cometido, em cada sonho esquecido.
Volto me para dentro e vejo que estás lá.
Não desiste de mim depois de tanto eu falhar?
Não pesa sobre mim tua mão e não tira de mim a vida por muito me amar?
Estás escondido no meu íntimo, nas lembranças de um tempo em que meu prazer era tão somente te adorar.
Confesso não sou mais aquela filha que tinha a se orgulhar.Mas tu és meu Pai, o que posso mudar?
Não há como apagar o amor que fez se em carne para me salvar!
Não há como esquecer tua graça a me perdoar.
Diante da ciência do teu poder peço que venha me restaurar.Como o oleiro molda o barro refaz minha vida, modifica o coração de Quem um dia entregou o mesmo em teu altar!
06/02/2019

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